Atento à arena, no filme The Hunger Games o público do pós-apocalíptico Capitólio espelha o povo de Roma na sua infantil necessidade de entretenimento e sede de sangue. Entre o passado e o futuro, a civilizada plateia de um cinema mastiga furiosamente pipocas e aborrece-se enquanto o enredo atrasa o ambicionado início da acção. Ao som de «let the games begin», a massa no ecrã parece ulular por ventriloquismo o alívio e o entusiasmo da audiência do filme. A quem escapa que The Hunger Games é talvez mais um momento tautológico da indústria do entretenimento do que um filme sobre a insubmissão.
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