terça-feira, 5 de novembro de 2013
Ciclo existencial
Publicada por
José Ferreira Borges
Vem n’A Náusea e gera tédio: «Todo o existente nasce sem razão, prolonga-se por fraqueza e morre por acaso.» Poderia dizer-se o contrário e nem assim se perderia eficácia: «Todo o existente nasce com motivo, prolonga-se por vigor e morre por decreto.» À nudez do absurdo persistente opor-se-ia a capa do destino irrevogável. Embora fecundo e enfático, o axioma de Sartre presta homenagem ao desencanto: nasceu sem ilusões, prolonga-se por teimosia e morrerá por excesso de evidência.
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