Há cem anos, Albert Camus entrou num mundo «privado de ilusões e de luzes». Estrangeiro de alma, acabaria por reconhecer que a vida é absurda. Tal conclusão mostra-se promissora: livra-nos da maçada de perguntar pelo sentido último e pelas causas primeiras. Ironicamente, no interior da lúcida revolta, não caminhamos sós: «Um homem que se torna consciente do absurdo fica-lhe ligado para todo o sempre.» Se preferirmos, até que a morte os separe. Ou os una em definitivo.
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