Santo Agostinho sublinhou-o: saberia responder à pergunta «o que é o tempo?», se ninguém lha fizesse; não saberia, se lha fizesse alguém. Baudelaire sugeriu-o: o mais belo truque do Diabo é o de nos convencer da sua inexistência. O tempo, divino paradoxo, afigura-se o oposto do Demo: o seu mais belo truque é o de nos convencer da sua existência. Alguns santos ficam obviamente perplexos: a astúcia do tempo supera o ardil de Satã. Sempre assim foi.
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