quarta-feira, 1 de maio de 2013
A concretude da abstracção
Publicada por
José Ferreira Borges
Procurar saber o momento certo para arralentar milho constitui uma preocupação formalmente diversa da de buscar esclarecer as relações entre «essência» e «existência». Tolerando alguma inexactidão, daquele problema se diz ser «concreto»; deste, «abstracto». Convém, todavia, lembrar que os efeitos corporais — do cérebro ao fígado, do mendinho ao artelho — são, para ambos os casos, igualmente concretos. Daí se conclui que, em termos simultaneamente biológicos e estatísticos, ninguém se afasta do «mundo concreto» ao entregar-se à digressão abstracta.
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