«Pai de Passos Coelho aconselha o filho a demitir-se. “Isto não tem conserto. Entrega isto.”»
A argumentação é mais de avô, mas certos pais conseguem também este grau de indulgência e cumplicidade, tomando sempre o partido da prole. Como se depois de o estouvado do rapaz se ter mandado contra o louceiro, deixando tudo em cacos, o avô (no caso, o pai) fizesse a proverbial vista grossa e, tipicamente, com infinito amor, admoestando o móvel em vez do fedelho, sentenciasse: «Deixa lá, a louça não prestava.»
Para aplicar um correctivo à criatura teríamos de invocar uma perceptora. Ou uma governanta mais afeiçoada à louça do que ao pequeno lorde. Não se põe de parte que ande por aí alguma.
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