As almas supersticiosas não se limitam a subscrever manifestações consagradas de pensamento mágico: inventam as suas próprias fórmulas, intermináveis. Fazendo-o, nutrem a cisão interior: de um lado, a entidade que impõe a lei; do outro, a que lhe provará os alegados frutos. Tal cisão opõe, de modo radical, o pé direito — teimosamente o primeiro a transpor a porta, em direcção à rua — ao esquerdo — que, nessa altura, consegue ser o último a deixar o rasto em casa.
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