Há mais de sessenta anos, em noite festiva, enquanto ela dançava com um moço, um outro aproximou-se e disse-lhe: «Compromisso!» Uma faca surgiu então, indo instalar-se no ventre do intruso. A jovem fugiu. De cada vez que lhe ouço o testemunho, há variantes e revelações. Só parecem destinados a manter-se a irrupção do «compromisso» e o movimento da faca. A memória tem destas coisas: rasga silêncios e mutila sombras, porque a habitam palavras decisivas e objectos cortantes.
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