sábado, 7 de setembro de 2013
Falhas
Publicada por
José Ferreira Borges
Passo de um manual de lógica para o Livro Tibetano dos Mortos. O primeiro tenta definir, com exactidão, as formas válidas de pensar a vida. O segundo procura descrever, com ênfase, o que iremos achar após a morte. Mas ambos terão falhas. Cada morto representa um caso. Cada vivo inaugura um paradoxo. Deve, pois, existir algo que as «quatro figuras do silogismo» não abarcam e as «quatro nobres verdades» do budismo não contemplam: um caos rigorosamente impartilhável.
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É aí que reside o mistério que todos tentam desvendar. Como lhe disse uma pessoa, "os cães não falam porque estiveram no céu e foram proibidos de relatar como é por lá". Poderia haver um suicídio em massa, creio eu. (e claro que isso é mais uma tentativa de explicar o mistério, que continua misterioso).
ResponderEliminarResta saber se as razões dessa «proibição» acrescentam algo de importante à existência humana.
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