A tarde declina. Chego ao centro de uma aldeia que desconheço. Aproximam-se indivíduos avançados em idade. Entabula-se conversa. Um deles discursa. Quase nenhuma das frases lhe sai sem palavrões. Sente azedume: aquela terra perdeu o estatuto de freguesia. O velho mostra-se categórico: «Os novos deviam ir todos para o caralho!» Uma anciã leva o indicador à cabeça, gesto cúmplice. O homem, todavia, conclui a arenga ao estilo pessoano: «A aldeia é grande, mas a alma é pequena.»
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