- Sobre o corte nas bolsas científicas diz o Ministro da Economia que não se pode «alimentar um modelo que permita à investigação e à ciência viverem no conforto de estar longe das empresas e da vida real». Com Pires de Lima, suspeito, a investigação faz-se junto às linhas de engarrafamento da Unicer, com tempo contado para ir à casa de banho.
- «Uma boa parte da investigação é financiada por dinheiros públicos e não chega à economia real», continuou o ministro.
A solução é, portanto, cortar. Cortar nas bolsas aumentará decerto a investigação que chega à economia real. Deve ser a isto que, na mesma notícia, Pires de Lima chama «dar continuidade à trajectória de investimento, mas também procurar criar um modelo de estímulos e de sinais que ligue a investigação, a ciência, a educação à vida concreta e real das empresas». De facto, que melhor estímulo haverá para a «vida concreta» do que bolsos vazios? - Creio que a notícia não apresenta a citação completa do que o Ministro propunha. O que ele queria dizer era «ligar a investigação, a ciência, a educação à vida concreta e real das empresas falidas». Por uma questão de equidade, não faz realmente sentido que haja alguém a comer quando outros passam fome.
- Quando esta rapaziada do PP e do PSD acabar de “salvar” o país, a única coisa que haverá para investigar, para além de algumas contas bancárias, é como tantos anos de história ficaram reduzidos a tão escassas cinzas. É sempre assim nos incêndios.
domingo, 19 de janeiro de 2014
A (pato)lógica bravura empresarial
Publicada por
Rui Ângelo Araújo
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