David Mourão-Ferreira conclui certo poema aludindo às «espadas de amor» que se cravam «no teu ventre». (Ante)ontem, na Rússia, após discussão sobre os méritos literários da prosa e da poesia, um adepto de poesia esfaqueou mortalmente um apreciador de prosa. No caso do poema de Mourão-Ferreira, adivinha-se facilmente que impulso humano guiou a criação da metáfora. Já no segundo caso — sem sonegar a intervenção de Baco — dificilmente se imagina que desumana metáfora presidiu à concretização do impulso.
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