Queria afastar-se do eu e dissolver-se no Todo. Passou então a referir-se a «si» na terceira pessoa, fingindo até que o que sentia era vivido por outrem. Aos poucos, as estruturas do seu intelecto associadas aos pronomes «eu» e «nós» e às respectivas formas verbais acabariam por desaparecer. Anos mais tarde, voltando a focar a atenção em si, deparou com o inefável, isso que se esquiva às palavras. Nessa altura, sugeriram-lhe que regressasse aos bancos da escola.
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