quinta-feira, 13 de junho de 2013
Regresso ao passado
Publicada por
José Ferreira Borges
As palavras «Se eu tivesse a tua idade e soubesse o que hoje sei...» parecem constituir dois heptassílabos de uma quadra que teima em ficar a meio. É compreensível: as reticências aí implícitas não
funcionam, em geral, como indício dos esplendores da virtude. O consequente abstracto desse antecedente concreto até poderá ser: «Tomaria a liberdade de dispensar mais a “lei”.» Convém, no entanto, admitir esta hipótese: o regresso ao passado, ainda que lúcido, nunca nos tornaria imprevisíveis.
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