domingo, 23 de junho de 2013

Auto-análise

Em carta a Wilhelm Fliess, Freud declara que «uma verdadeira auto-análise é impossível, de contrário não haveria doença». Ao falar-se em «auto-análise», pressupõe-se a divisão do sujeito, simultaneamente «analista» e «analisado». Ora, se o processo assenta numa separação, a «doença» encontra aí um factor que a prolonga. Mas poder-se-á realizar uma auto-análise — digamos antes «auto-observação», pois «analisar» implica «decompor» — e, ao mesmo tempo, evitar a cisão interna? Sim. E o remédio para a «doença» é exactamente esse.

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