Escreve-o Bernardo Soares: «A manhã do campo existe; a manhã da cidade promete.» Deve, por conseguinte, haver algures entre o campo e a cidade um ponto de fusão das duas manhãs. Será o lugar adequado aos que apreciam sínteses e convergências. Pode, no entanto, haver igualmente um ponto de omissão, um ponto onde a manhã do campo não «existe» e a manhã da cidade não «promete». Será esse o espaço ideal dos que preferem margens e silêncios.
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