Agora é oficial e indesmentível: o Governo quer acabar com o ensino superior público.
Não bastavam os constantes cortes nas transferências orçamentais do Estado (que começaram mais de uma década antes de a austeridade chegar ao resto do país), agora a Direcção Geral do Orçamento impôs um tecto máximo às receitas próprias que as universidades e politécnicos podem gerar, além de cativar (isto é, ficar com) parte dessas receitas, obtidas, por exemplo, pela prestação de serviços de consultoria, investigação e desenvolvimento a empresas.
O Governo diminui cada vez mais o dinheiro que entrega ao ensino superior — mas agora passou a uma nova dimensão de ataque: impede também que as instituições arranjem dinheiro por si próprias.
Se a diminuição da dotação orçamental serve o objectivo do défice, a limitação à iniciativa autónoma de financiamento serve que interesses?
Sem comentários:
Enviar um comentário