Cavaco Silva enviou publicamente condolências pessoais à família do falecido economista António Borges. No texto, o Presidente da República considera-o «uma personalidade marcante da vida pública portuguesa», «um dos economistas mais brilhantes da sua geração», que «teve, ao longo de décadas, uma influência profunda em gerações de estudantes das melhores escolas de economia e gestão». Realça ainda a «firmeza inabalável das suas convicções».
Quanto à inabalabilidade das convicções de António Borges, discordo de que possa ser considerada uma qualidade: as convicções devem ser abaladas — quando os factos as contradizem. Coisa que, efectivamente, não ocorreu com o extinto economista ultraliberal. (Nesse sentido, infelizmente, Cavaco tem razão.)
Quanto ao brilhantismo do académico e à influência profunda que teve em gerações de estudantes de economia e gestão, calar-me-ei — para deixar o estado do país falar.
Por fim, o epíteto de «marcante». Terá sido, admito-o. Também a Pneumónica o foi.
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