segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Os escaravelhos comuns
Publicada por
José Ferreira Borges
Wittgenstein propôs a imagem: cada um dispõe da sua caixa e só vê o interior dela. Todos usam a palavra «escaravelho» para designar o conteúdo. E todos, minimamente, se entendem. Mas pode não existir qualquer escaravelho. Leibniz considerava ser cada alma uma das infinitas mónadas do Universo. Nenhuma possui janelas. Ainda assim, todas falam do interior — e do exterior — da sua «caixa». E todas, minimamente, se entendem. Somos mónadas a conversar sobre escaravelhos que talvez não existam.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário