Diego Rivera, Construção do Palácio de Cortés, 1930–1931. |
Afirmar, à semelhança de Karl Marx, que o trabalho é a essência do Homem equivale a cometer dois pecados simultâneos: o de crucificar a espécie, fazendo dela uma cansativa apoteose do esforço, e o de maltratar o ócio, fazendo dele uma ocorrência acidental da espécie. Ora, não se exclui a hipótese de a eventual essência humana ser mais núcleo de repouso que febre de movimento, mais contemplação do mundo que tendência inelutável para lhe alterar a figura.
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