Interroga-se o honesto ao ouvir falar do pequeno furto no supermercado: «Será que vale a pena um indivíduo sujar-se por tão pouco?» A questão parece sugerir que por roubos substanciais vale sempre a pena um indivíduo sujar-se. Muita corja, na política e arredores, aprovaria tal sugestão na prática, sem ver aí motivo de espanto, embaraço ou ignomínia. De qualquer modo, convém ficarmos atentos perante a inocente formulação dessa pergunta — sobretudo se ela for colocada por nós próprios.
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