Numa hora morta, reuniram-se os eus de uma pessoa viva, a fim de darem cumprimento à seguinte ordem de trabalhos: averiguar se existe um eu permanente. Evocaram-se filósofos, citaram-se poetas, recordaram-se místicos. Concluiu-se que «só ao tempo cabe decidir». Mas ele não foi convocado. Nada mais havendo a tratar, deu-se por encerrada a reunião, da qual se lavrou a presente acta, que, lida e aprovada, vai ser assinada por mim — e pelo último a deixar a sala.
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