Talvez tenha razão Álvaro de Campos ao sublinhar que «a metafísica é uma consequência de estar mal disposto». Há, efectivamente, alguma falta de sintonia interna perante a excessiva realidade empírica nesse farejar obstinado de paralelos ultramundos. Mas, por vezes, a metafísica assume um tom mais leve, menos carente de fundamentos, e que não é fruto de se estar bem ou mal disposto, antes resulta do facto de se «estar disposto» — sem que se saiba exactamente a quê.
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