sábado, 6 de abril de 2013
Compreender e decorar
Publicada por
José Ferreira Borges
«Não é para decorar: é para compreender!» Eis uma
advertência «compreensível» que facilmente «decoramos». Todavia, mesmo sem
intenção, ela sugere existirem evidentes rupturas entre a faculdade da memória
e o labor do entendimento. Como se quem memorizasse nada entendesse e quem
entendesse nada memorizasse. O cérebro do discípulo absorve e põe em prática o
lado perverso do axioma: primeiro, vê no exercício da memória uma inutilidade
profunda; depois, é incapaz de ir além de uma compreensão superficial.
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