«Sou resultado do que até agora fui», jura o cientista. «Não sou quem fui, só a antecipação do que hei-de ser», assegura o filósofo. «Sou o que sou, espelhado em tudo o que me cerca», acentua o místico. «Não sou senão inúmeros fragmentos que de mim restam», sublinha o poeta. O primeiro adiciona, o segundo subtrai, o terceiro multiplica, o quarto divide. E todos, deste modo, se entretêm a fazer exercícios matemáticos com as suas discretas ilusões.
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