Nos últimos dois dias vi propostas de ajuda de um cartomante coladas com fita-cola em caixas automáticas e portas de bancos. Num primeiro momento, pensei que a oferta se dirigia ao próprio sistema financeiro, interpelando-o nos seus santuários ou pontos onde ele se insinua junto dos mortais. Depois lembrei-me que cartomantes são espíritos apenas dedicados a previsões, e suspeitei que a ajuda era afinal proposta a Vítor Gaspar (com o cartomante, pobre info-excluído, a imaginar que um multibanco é um terminal com ligação directa ao ministro das finanças). A certa altura soube que o TC chumbara o orçamento e concluí que aquilo eram já papéis de Gaspar à procura de emprego. Que o cartomante assinasse Quim Zé não me espantou: era a ultima tentativa de o ministro se distinguir de um Zé qualquer.
P.S. Não podemos pôr de parte a possibilidade de o cartomante Quim Zé estar na verdade a informar os empreendedores necessitados de financiamento de que, entre os bancos e o euromilhões, mais valia arriscarem no jogo, onde a ajuda de um cartomante pode ser realmente útil.
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