Conta-se que um camponês, na altura de dar de beber aos que lhe amanhavam a terra, exibia a garrafa e colocava esta pergunta: «Tu não queres, pois não?» Adivinha-se idêntica estrutura nos instantes, dos quais se dirá serem «dádiva plena». Melhor lhes cabem os rótulos de «ofertas indecisas», «dons em fuga». Mesmo se o vinho toca os lábios e o desejo finge apagar-se, uma questão se intromete, nascida fora ou engendrada dentro: «Tu não queres, pois não?»
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