quarta-feira, 10 de abril de 2013
«Ministério da Nuvem»
Publicada por
José Ferreira Borges
Naquele país, dizem os documentos, a função mais desejada e mais bem paga era a do «ministro da nuvem». Consistia o trabalho em «manter-se concentrado no céu» e em «regular o comportamento das nuvens» através da força exclusiva da mente, unindo-as, separando-as, dissolvendo-as, de modo a garantir um «clima universalmente justo». Em particular, valorizava-se o «adormecer em serviço». Nessa altura, a alma soltava-se para a atmosfera, fundia-se nas nuvens — e o estado do tempo ganhava «indescritíveis harmonias».
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