domingo, 17 de março de 2013

Em defesa da honra do Excel

O problema não é o Excel, Rui — é o que se faz com ele.

Vítor Gaspar apresenta muita da sintomatologia que já detectei em variadas outras pessoas, geralmente pequenos e ineptos comerciantes.
(A diferença, bem grande, está na etiologia do problema em cada caso: cegueira ideológica no caso de Vítor Gaspar, pura ignorância no caso dos referidos comerciantes.)

Chamo a esse problema (de uns e de outros) a «Falácia da Contabilidade Simplificada».
Em que consiste esta falácia? Em contabilizar apenas os efeitos positivos das nossas medidas, ignorando descaradamente os seus efeitos negativos, que por vezes são superiores aos positivos.

No caso dos pequenos comerciantes (por ex., donos de restaurantes), conheço vários que levaram em linha de conta apenas a redução da despesa (conseguida à custa da diminuição do pessoal e da aquisição de produtos de gama mais baixa), desprezando os seus efeitos nas receitas (diminuição do número de clientes devido à degradação da qualidade do serviço).
Resultado: desastre para a saúde do negócio desses comerciantes.

No caso do nosso alienado Ditador das Finanças, Vítor Gaspar olha apenas para os valores dos salários (que reduziu) e para as taxas aplicáveis nos impostos (que aumentou), ignorando que estes incidirão sobre um valor total (facturação) menor, devido à quebra da actividade económica.
Resultado: desastre... para Portugal. (Vítor Gaspar lá terá a sua “almofada” financeira pessoal assegurada.)

1 comentário:

  1. E resolves tu perturbar a seriedade das minhas piadas com a hilaridade das contas sérias?

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