Por bons intérpretes que sejamos dos sonhos, ou por muito que o julguemos ser outrem, chega sempre o dia em que achamos as alegadas imagens do inconsciente um desconchavo absoluto para o que pensamos das nossas vidas. Mas é então que aceitamos existir, além dos níveis sucessivos do eu — do público ao privado, do íntimo ao clandestino —, uma dimensão ultra-secreta, inacessível, capaz de transformar as palavras que nos procuram dar a conhecer num digno amontoado de falácias.
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