O tédio não faz parte da tábua dos pecados mortais. É fácil, todavia, associá-lo à soberba — visto ele reflectir um certo desencanto perante as maravilhas da Criação — e à preguiça — da qual não raras vezes se origina. Mas, por outro lado, a sensação de tédio deve aproximar-se daquilo que o eventual ser divino experimenta face ao carácter repetitivo das coisas e ao esgotamento do possível. E assim se expurga um núcleo de pecado, com tal afinidade redentora.
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