Dirá o materialista que a sensação de fome constitui a modalidade primordial do
vazio interior e que a impressão da
falta de sentido do existir é mero efeito da carência de trigo, feijão e couve-lombarda. Sendo assim, por que motivo tal impressão surge igualmente no espírito logo após o almoço? Porque, responderá o materialista, aquilo a que chamamos
espírito se reduz a um aglomerado de sinapses indecisas e de neurónios vagabundos que chegam sempre atrasados às refeições.
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