Um miúdo pisa com violência, enquanto corre, o brinquedo abandonado no chão de ladrilhos hexagonais. Instintivamente, suspende o ímpeto daquela espécie de fuga e retrocede a fim de avaliar os danos e, ao mesmo tempo, recolher alguma peça que ainda se ajuste à ideia de se divertir. Também estas imagens são quebradiças, como a ilusão da originalidade, que
é sempre a penúltima coisa a perder. E ela perde-se quando se descobre que nada resta já para salvar.
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