Se a mente, no instante imediato ao acordar, revisita de súbito algum episódio da véspera, tende a intuir nele uma realidade desconexa e espectral. Mas ela recompõe-se logo a seguir — e o mundo volta a ganhar os liames que lhe conferem espessura e significado. É como se houvesse uma ilusão de sentido que nos mantém despertos, uma vocação para o absurdo que nos permite adormecer e um breve intervalo para mostrar a convergência de ambas as coisas.
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