quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Grândolas de manhã à noite
Publicada por
Rui Ângelo Araújo
À direita e à esquerda é agora moda haver quem se incomode com o uso da Grândola como forma de calar políticos. A democracia, o direito de expressão e mais não sei o quê... Vão tomar no cu outra vez! O grande atropelo à democracia, à decência e à dignidade é a manutenção de Relvas no Governo. Enquanto ele lá continuar, enquanto for ministro deste país um tipo que representa os nossos piores defeitos em vez de nos representar, a vida pública portuguesa devia hoje ser feita de grândolas de manhã à noite. Devíamos levantar-nos às cinco da manhã para cantar a Grândola durante as abluções; voltar a ela antes do almoço ou do moscatel; entoá-la nas vésperas com o chá ou a imperial; atacá-la em coro depois do jantar ou do brandy; voltar a ela à hora de regressar a casa, ébrios ou purificados pela missa do galo. Um país que tem Relvas como ministro precisa de ser varrido a grândolas, precisa de um tsunami de grândolas. A palavra-passe para aceder à cidadania portuguesa nestes dias devia ser «grândola». Grândola devia ser a única palavra da língua portuguesa. A qualquer pergunta que nos fizessem nós devíamos responder grândola. O nosso quotidiano devia ser grandolizado. Devíamos amar-nos ao som de Grândola, Vila Morena. Dizer grândola como quem diz amo-te. Dizer grândola como quem diz vai-te foder. Dizer grândola como quem diz tá tudo, vai-se andando, nunca pior, as coisas que costumamos dizer quando não estamos contentes nem tristes. Todos aqueles que não são Relvas ou cúmplices de Relvas neste país deviam enfiar uma polifónica Grândola pelo cu acima do Governo, dos seus acólitos e dos sujeitos do PS que se incomodam com a Vila Morena. E, não dando resultado, a própria azinheira, com todos os nós e toda a rugosidade da sua venerável casca sem idade, deveria ser enfiada pelo cu acima daquela gente.
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Costumo ser mais comedida no falar e não costumo desejar coisas malvadas nem aos que acho que estão indevidamente onde estão, a envergonhar e a prejudicar todo um país. Não obstante, sorri ao ler o que escreveu e, devidamente doseado, concordo que talvez fosse remédio santo (claro que talvez não fosse preciso chegar à dose da azinheira, muito menos com 'todos nós'... que deve ser letal e, pior, desagradável para 'todos nós')
ResponderEliminarUm bom dia!
Chapeau, RAA!!!
ResponderEliminarBom dia, Um Jeito Manso. O Relvas, e a ideia dele ministro, tiram-me do sério.
ResponderEliminarBom dia, Jorge.
Cuidado, a noite vai cair ...proteja-se!!
ResponderEliminarLol agora fui eu que não resisti ... as minhas desculpas.
Beijinhos
ilda pontes