segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Repetição e contradição

Para evitar contradizerem-se, muitos gostarão de academicamente o repetir: «Quem não se repete contradiz-se.» Por sua vez, Cardoso Pires entende que o maior pânico do escritor, à medida que avança na idade e no trabalho, «é desconfiar que já leu aquilo em qualquer lado — dele». Portanto, ou o escritor demanda subterraneamente a contradição ou há modalidades de «não repetição» que nada encerram de contraditório. Eis o jogo entre o «mesmo» e o «diverso», cujas regras convém desconhecer.

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