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domingo, 1 de dezembro de 2013
O querer do eu
Publicada por
José Ferreira Borges
Reconhecia-o Lily Tomlin: «Sempre quis ser alguém. Agora vejo que devia ter sido mais específica.» Sublinhou, todavia, Kierkegaard que o eu desespera quando não quer ser ele próprio; se o quiser ser, acontece-lhe o mesmo. Trata-se de um modo original de conjugar o verbo «querer»: eu quero, tu queres, ele quer, nós desesperamos… Buda conseguira já uma fórmula para erradicar a doença: o eu não existe. Desde há 2500 anos que tentamos, em vão, ser mais específicos.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
«Como está?»
Publicada por
José Ferreira Borges
Sucessivamente interrogado se era um deus, um anjo ou um santo, Buda disse que não a todas as questões. «Então o que és?» Ele respondeu: «Estou desperto.» Talvez na filosofia oriental, ao invés do que sucede na ocidental, o «estar» ganhe primazia relativamente ao «ser». Mas o cumprimento quotidiano assenta, afinal, nesse mesmo padrão. «Como está?» Eis uma pergunta frequente que escassas vezes pede uma resposta. «Estou desperto.» Eis uma resposta invulgar que raramente exige uma pergunta.
terça-feira, 16 de abril de 2013
Da impermanência ao nirvana
Publicada por
José Ferreira Borges
Monges budistas aplicam dias, até semanas, na criação de mandalas de areia colorida, que destroem uma vez finalizada a tarefa. Com tais exercícios, procuram mostrar a impermanência da vida e das coisas. Mas há uma alternativa mais exigente — e nem por isso menos reveladora — a esta propedêutica do efémero, capaz inclusive de oferecer antegozos do nirvana. Trata-se de não fazer quaisquer mandalas e de ficar serenamente à espera que elas se façam e desfaçam por si mesmas.
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