sábado, 22 de junho de 2013

Os condutores e os bêbados

A fechar L’Être et le Néant, obra de assinalável sucesso, conclui Jean-Paul Sartre que todas as actividades humanas estão votadas ao fracasso. Condenado à liberdade, o indivíduo é a fonte exclusiva dos valores. Assim, tanto faz «embriagar-se solitariamente» como «conduzir os povos». Certo. Mas torna-se incomodativo saber que uma coisa não impede a outra. Há «condutores de povos» que, pelo rumo a que entregam o povo a conduzir, geram a terrível suspeita de serem igualmente «bêbados solitários».

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