terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Canto da sala

René Magritte, A Sala de Escuta, 1958.

Eleger um dos cantos da sala — não só para observar, senão também para reduzir o incómodo do olhar do outro — representa uma escolha de convivência baseada num pressuposto de cariz matemático: incluindo chão e tecto, quatro faces do cubo garantem mais resguardo social que apenas duas. Os obstáculos à opção residem na eventualidade de haver muitos interessados ou de as paredes do aposento serem feitas de vidro transparente. Mas é importante não temer essas excepções quase irreais.

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