domingo, 20 de janeiro de 2013

O discurso vazio

Herbert Bayer, Habitante solitário da grande cidade, 1932.

O discurso vazio não reclama de quem o produz mais do que a entrega exclusiva às palavras, deixando que elas definam o curso e a substância das ideias. As suas grandes vantagens são a de pouco exigir do raciocínio e a de nada pedir à emoção. Errado será pensar que nele se espelha o chamado vazio interior. Este — que se diferencia da escassez de reflexão e da secura da inteligência — exprime-se, em geral, mediante estratégias menos desonestas.

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