sexta-feira, 2 de maio de 2014

Apenas o eco

Adolescente ainda, li num jornal estes inolvidáveis versos de Fernando Echevarría: «Estamos tão sós como se haver o mundo / fosse o eco somente de o haver.» Nos recessos do inconsciente, devo ter deduzido, na altura, que o mundo se encontrava suspenso entre o ser e o nada. Mais tarde, abordando o soneto que os integra, notei irrelevância ou quebranto nos restantes doze. Há versos nascidos para formarem dísticos intocáveis — e serem o eco irremissível um do outro.

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