Num certo sketch dos Monty Python, a prioridade é «confundir um gato». O animal sofre de tédio, abulia, quebranto. Expondo-o a alguns momentos circenses, tornou-se possível recuperá-lo. Com humanos, seria maior a dificuldade. «A minha vida sentou-se», escreve Mário de Sá-Carneiro. Para rimar, «fartou-se». Como impedir que as vidas se sentem? Como reerguer vidas sentadas? Como «confundir» os mortais, felinos incluídos? Talvez estes problemas garantam que, pela eternidade fora, as vidas dos deuses se mantenham de pé.
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